VITAMINAS
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Vitaminas são usadas para prevenção e tratamento de estados de deficiência especifica ou quando a dieta não traz aporte suficiente desses elementos. Há enorme consumo de preparações vitamínicas, o que não mostra valor maior do que placebo. Vitaminas hidrossolúveis são comparativamente nao-tóxicas, mas o uso prolongado de altas doses de retinol, piridoxina e vitamina D pode acarretar efeitos adversos graves.
Vitaminas Hidrossolúveis
Como a designação sugere, são vitaminas solúveis em água. São absorvidas pelo intestino e transportadas pelo sistema circulatório para os tecidos onde são utilizadas. O grau de solubilidade é variável e tem influência no seu trajeto através do organismo. Podem ser armazenadas no organismo em quantidade limitada, e a sua excreção efetua-se através da urina. As vitaminas hidrossolúveis mais importantes para o homem são: B1, B2, B5, B6, B12, C, H, M e PP.
Vitaminas Lipossolúveis
As vitaminas lipossolúveis são solúveis em gorduras. São absorvidas pelo intestino humano através da ação dos sais biliares segregados pelo fígado, e são transportadas pelo sistema linfático para diferentes partes do corpo. O organismo humano tem capacidade para armazenar maior quantidade de vitaminas lipossolúveis, do que hidrossolúveis.
As vitaminas lipossolúveis mais importantes para o homem são: A, D, E, K. As vitaminas A e D são armazenadas, sobretudo no fígado, e a vitamina E no tecido adiposo e órgãos reprodutores. A capacidade de armazenamento de vitamina K é reduzida.
Acido fólico serve para repor os estados deficitários, corrigindo a anemia megaloblástica decorrente. Não deve ser administrado sem vitamina B12 concomitante em anemia megaloblásticas não diagnosticadas, pois pode precipitar neuropatia. Diversos estudos demonstraram que 50% ou mais dos defeitos do tubo neural podem ser prevenidos se as mulheres receberem, além do acido fólico usual da dieta, suplementos contendo acido fólico antes e durante as primeiras semanas de gravidez. Para mulheres sem historia previa de concepto com defeitos do tubo neural, mas com possibilidade de engravidar, recomenda-se suplemento alimentício de 400 microgramas diários de acido fólico. Casais que tem uma criança afetada por defeitos do tubo neural apresentam risco de 2% a 3% em outras gravidezes. O suplemento com 4.000 microgramas/dia de acido fólico, iniciado um mês antes do período em que a mulher deseja engravidar e prolongado pelos três primeiros meses de gravidez, resulta em diminuição de 71% nas recorrências de defeitos do tubo neural. Também pode ser útil como suplemento em anemias hemolíticas, síndromes de má-absorção, em pacientes em nutrição parenteral total e naqueles recebendo metotrexato.
Retinol (vitamina A) é utilizado no tratamento de carência deste nutriente, cujos principais sintomas são xeroftalmia, cegueira noturna e ceratomalácia. Essa consiste em queratinização e predisposição para perfuração de córnea, causando cegueira em 250.000 crianças por ano, nos países subdesenvolvidos.
Faz-se tratamento por um ano quando há sinais graves de xeroftalmia. O suplemento também e eficaz para se contrapor ao aumento de susceptibilidade a infecções, particularmente sarampo e diarréia. Retinol deve ser dado durante epidemia de sarampo para reduzir as complicações. Revisão sistemática apóia a recomendação da Organização Mundial da Saúde de que duas doses de retinol (200.000 UI) sejam administradas a todos os casos de sarampo, especialmente crianças com menos de 2 anos com sarampo grave, adicionalmente ao tratamento padrão. Em regiões de alto risco, deve haver distribuição universal e periódica a pré-escolares e crianças entre seis meses e 2 anos, bem como a todas as grávidas a oito semanas do parto. Tendo em vista a comprovação de efeito teratogênico, o uso de retinol deve ser cauteloso em grávidas.
Tiamina (vitamina B1) e indicada para reposição em situações de deficiência desse nutriente, tais como: beribéri, síndrome de carência clássica; encefalopatia de Wernicke, emergência medica que ocorre na desintoxicação alcoólica; síndrome de Korsakoff e polineuropatia que são manifestações de deficiência acentuada em etilistas; encefalomiopatia necrosante subaguda (síndrome de Leigh). A deficiência também ocorre em doenças metabólicas genéticas. Para o tratamento de situações de emergência em alcoolistas crônicos, com indisponibilidade de via oral, existe a forma injetável, a ser administrada intravenosa e lentamente, em doses ate 300 mg/dia. Reações alérgicas podem ocorrer, precoce e tardiamente, devendo-se contar com a possibilidade de ressuscitação, se necessário.
Piridoxina (vitamina B6) e utilizada em estado de deficiência de piridoxina; tem indicação empírica nas neurites periféricas, como a induzida por hidrazida que impede a absorção intestinal de vitamina B6. Altas doses são dadas em hiperoxalúria e anemia sideroblástica. O suplemento na gravidez e no parto não parece trazer benefícios sobre desfechos, tais como fenda palatina, malformações cardíacas, desenvolvimento neurológico, parto prematuro e pré-eclâmpsia.
Também não se encontrou prova de melhora de curto prazo em depressão, fadiga, sintomas de tensão e funções cognitivas. Não se conhece os efeitos da vitamina em idosos sadios no sentido de prevenir demência.
Hidroxocobalamina (vitamina B12) corrige a anemia megaloblástica resultante de deficiência de vitamina B12. Como a causa da deficiência e na maior parte das vezes de absorção, sua reposição deve ser feita por via parenteral.
Calcitriol é a forma ativa de vitamina D. Sua principal função é aumentar a absorção intestinal de cálcio e fósforo para promover mineralização óssea.
A vitamina D é um grupo de pró-hormônios lipossolúveis, sendo que possui duas formas principais que são: vitamina D2 (calciferol ou ergocalciferol) e vitamina D3 (colecalciferol). Esta última é produzida quando há a exposição da pele à luz solar, mais especificamente, à radiação ultravioleta B.
Em países continuamente ensolarados, os estados de carência de vitamina D estão geralmente associados a insuficiências hepática e renal, dai a inclusão da forma ativa (calcitriol). Em revisão o suplemento de vitamina D para prevenção de fratura em mulheres pós-menopausicas foi classificada como beneficio provável, em razão da discrepância de resultados na literatura. Inclui meta-análise em que altas doses orais de vitamina D (colecalficerol e ergocalciferol; 700-800 UI/dia), associadas ou não a suplemento de cálcio, reduziram o risco de fraturas não-vertebrais (quadril e outras) em idosos, em comparação a placebo e cálcio isolado, o que não aconteceu com dose de 400 UI/dia. Em revisão Cochrane, vitamina D sozinha não protegeu idosos contra fraturas não-vertebrais, vertebrais ou qualquer outra. Não houve diferenças significantes de eficácia entre análogos de vitamina D comparados a ela. Calcitriol associou-se a incidência aumentada de efeitos adversos. Um ensaio clinico randomizado não mostrou que o suplemento de cálcio mais vitamina D reduz o risco de fraturas clinicas em mulheres com um ou mais fatores de risco para fraturas.
Em prevenção secundaria, os achados não fundamentam o suplemento oral de rotina com cálcio e vitamina D3, isoladamente ou em combinação, para evitar novas fraturas em idosos. Em osteoporose induzida por corticosteróides, a associação de cálcio e vitamina D previne a perda óssea em vértebra lombar e punho. Por ter preço baixo e reduzida toxicidade, a terapia profilática deve ser instituída em todos os pacientes que iniciam corticoterapia.
Vitamina D deve ser dada por 24 meses a crianças de pele escura por sua incapacidade de produzir suficiente vitamina D3 pela pele. Vitamina D também é usada em estados deficitários causados por síndrome de má-absorção ou doença crônica hepática, em pacientes em diálise, bem como na hipocalcemia associada a hipotireoidismo.
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