BIOSSEGURANÇA
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60 MINUTOS
DIFICULDADE
MÉDIA
PROBABILIDADE
CAI EM 50% DAS PROVAS
1 - LEITURA
A biossegurança compreende um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, mitigar ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente. Desta forma, a biossegurança caracteriza-se como estratégica e essencial para a pesquisa e o desenvolvimento sustentável sendo de fundamental importância para avaliar e prevenir os possíveis efeitos adversos de novas tecnologias à saúde. No âmbito do Ministério da Saúde (MS), a Biossegurança é tratada pela Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS) que é coordenada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) e composta pelas Secretarias de Vigilância em Saúde (SVS) e de Atenção à Saúde (SAS), pela Assessoria de Assuntos Internacionais em Saúde (AISA), pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A CBS foi instituída pela Portaria GM/MS nº 1.683, de 28 de agosto de 2003.
CONTENÇÕES PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
Contenção primária
A proteção do trabalhador e do ambiente de trabalho contra a exposição a agentes infecciosos é obtida através das práticas microbiológicas seguras e pelo uso adequado dos equipamentos de segurança. O uso de vacinas, como a vacina contra a hepatite B, incrementa a segurança do trabalhador e faz parte das estratégias de contenção primária.
Contenção secundária
Compreende a proteção do ambiente externo contra a contaminação proveniente do laboratório e/ou setores que manipulam agentes nocivos. Esta forma de contenção é alcançada tanto pela adequada estrutura física do local como também pelas rotinas de trabalho, tais como: descarte de resíduos sólidos, limpeza e desinfecção de artigos e áreas, etc.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
São empregados para proteger o pessoal da área de saúde do contato com agentes infecciosos, tóxicos ou corrosivos, calor excessivo, fogo e outros perigos. A roupa e o equipamento servem também para evitar a contaminação do material em experimento ou em produção.
- Luvas
As luvas são usadas como barreira de proteção prevenindo contra contaminação das mãos ao manipular material contaminado, reduzindo a probabilidade de que microrganismos presentes nas mãos sejam transmitidos durante procedimentos. O uso de luvas não substitui a necessidade da LAVAGEM DAS MÃOS porque elas podem ter pequenos orifícios inaparentes ou se danificar durante o uso, podendo contaminar as mãos quando removidas.
Observações
Usar luvas de látex SEMPRE que houver CHANCE DE CONTATO com sangue, fluídos do corpo, dejetos, trabalho com microrganismos e animais de laboratório.
Lavar instrumentos, roupas, superfícies de trabalho SEMPRE usando luvas.
NÃO usar luvas fora da área de trabalho, NÃO abrir portas, NÃO atender telefone. NUNCA reutilizar as luvas, DESCARTÁ-LAS de forma segura.
- Jalecos
Os vários tipos de jalecos são usados para fornecer uma barreira de proteção e reduzir a oportunidade de transmissão de microrganismos. Previnem a contaminação das roupas do pessoal, protegendo a pele da exposição a sangue e fluidos corpóreos, salpicos e derramamentos de material infectado.
Observações
São de uso constante nos laboratórios e constituem uma proteção para o profissional. Devem sempre ser de mangas longas, confeccionados em algodão ou fibra sintética (não inflamável).
Os descartáveis devem ser resistentes e impermeáveis.
Uso de jaleco é PERMITIDO somente nas ÁREAS DE TRABALHO. NUNCA EM REFEITÓRIOS, ESCRITÓRIOS, BIBLIOTECAS, ÔNIBUS, ETC.
Jalecos NUNCA devem ser colocados no armário onde são guardados objetos pessoais.
Devem ser descontaminados antes de serem lavados.
- Outros EPIs
Óculos de Proteção e Protetor Facial (protege contra salpicos, borrifos, gotas, impacto).
Máscara (tecido, fibra sintética descartável, com filtro HEPA, filtros para gases, pó, etc.).
Avental impermeável.
Uniforme de algodão, composto de calça e blusa.
Luvas de borracha, amianto, couro, algodão e descartáveis.
Dispositivos de pipetagem (borracha peras, pipetadores automáticos, etc).
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)
São equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal do laboratório, do meio ambiente e da pesquisa desenvolvida. São exemplos:
- Cabines
As Cabines de Segurança Biológica constituem o principal meio de contensão e são usadas como barreiras primárias para evitar a fuga de aerossóis para o ambiente. Há três tipos de cabines de segurança biológica:
•• Classe I
•• Classe II – A, B1, B2, B3
•• Classe III
– Fluxo laminar de ar
Massa de ar dentro de uma área confinada movendo-se com velocidade uniforme ao longo de linhas paralelas.
– Capela química NB
Cabine construída de forma aerodinâmica cujo fluxo de ar ambiental não causa turbulências e correntes, assim reduzindo o perigo de inalação e contaminação do operador e ambiente.
– Chuveiro de emergência
Chuveiro de aproximadamente 30 cm de diâmetro, acionado por alavancas de mão, cotovelos ou joelhos. Deve estar localizado em local de fácil acesso.
– Lava olhos
Dispositivo formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a uma bacia metálica, cujo ângulo permite direcionamento correto do jato de água. Pode fazer parte do chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular.
– Manta ou cobertor
Confeccionado em lã ou algodão grosso, não podendo ter fibras sintéticas.
Utilizado para abafar ou envolver vítima de incêndio.
– Vaso de areia
Também chamado de balde de areia, é utilizado sobre derramamento de álcalis para neutralizá-lo.
– Extintor de incêndio a base de água
Utiliza o CO2 como propulsor. É usado em papel, tecido e madeira. Não usar em eletricidade, líquidos inflamáveis, metais em ignição.
- EXTINTOR DE INCÊNDIO DE CO2 EM PÓ
Utiliza o CO2 em pó como base. A força de seu jato é capaz de disseminar os materiais incendiados. É usado em líquidos e gases inflamáveis, fogo de origem elétrica. Não usar em metais alcalinos e papel.
– Extintor de incêndio de pó seco
Usado em líquidos e gases inflamáveis, metais do grupo dos álcalis, fogo de origem elétrica.
– Extintor de incêndio de espuma
Usado para líquidos inflamáveis. Não usar para fogo causado por eletricidade.
– Extintor de incêndio de BCF
Utiliza o bromoclorodifluorometano. É usado em líquidos inflamáveis, incêndio de origem elétrica. O ambiente precisa ser cuidadosamente ventilado após seu uso.
– Mangueira de incêndio
Modelo padrão, comprimento e localização são fornecidos pelo Corpo de Bombeiros.
MAPAS DE RISCO
O mapa de riscos é uma forma gráfica usada para identificar quais são os locais de riscos no trabalho, isso é feito através de círculos de diversas cores e tamanhos. O mesmo tem a função de informar e conscientizar os colaboradores de forma clara esses risco, de forma que diminuía a ocorrência de acidentes no trabalho. os riscos são divididos em cinco grupos, sendo eles: Agentes Químicos, Físicos; Biológicos; Ergonômicos; e, Mecânicos.
Os riscos mais importantes na biossegurança pertencem ao grupo dos agentes químicos e biológicos.
- Agentes Químicos
Os tipos de agentes químicos ou substâncias contaminantes mais comuns que podem ser encontrados no ambiente de trabalho estão expressos na tabela abaixo.
- Agentes Biológicos
São micro-organismos e animais peçonhentos que em contato com o trabalhador podem ocasionar vários riscos a saúde, como por exemplo, os bacilos, bactérias, fungos, protozoários, parasitas, vírus, além de escorpiões, aranhas, insetos e ofídios peçonhentos. Porém, só pode ser considerada doença profissional, se houver exposição do funcionário com esses seres vivos.
Simbologias Utilizadas nos Mapas de Risco
A coleta das informações permite estabelecer o diagnóstico e o alerta – sob a forma de cores e símbolos – da situação do ambiente e as devidas ações a serem tomadas para preservar a saúde dos ocupantes do local, onde é apresentada uma tabela de simbologia de cores.
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