ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA FARMACÊUTICA
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MÉDIA
PROBABILIDADE
CAI EM 10% DAS PROVAS
1 - LEITURA
A farmacoeconomia é um conceito que surgiu na década de 1990. Trata-se do estudo que avalia o comportamento de indivíduos, empresas e mercados com relação ao uso de produtos, serviços e programas farmacêuticos, e frequentemente enfoca os custos e as consequências dessa utilização.
Para entender melhor esse conceito, é necessário estabelecer uma quantificação monetária de todos os recursos consumidos durante o curso de uma doença. Esses custos podem ser divididos em custo direto e custo indireto.
Os custos diretos incluem: medicamentos e materiais utilizados, salários e honorários pagos aos profissionais da área, exames laboratoriais e diárias de internação. Já no custo indireto incidem: perdas de ganhos motivadas pelos eventos relacionados à patologia e/ou seu tratamento. As conseqüências da boa utilização da farmacoeconomia podem ser quantificadas de acordo com o número de curas obtidas, anos de vida ganhos, melhorias dos parâmetros clínicos e, principalmente, na qualidade de vida do paciente.
O conceito de farmacoeconomia não é o estudo de utilização de medicamentos, ou uma ferramenta de gerenciamento de estoques, ou uma ferramenta de incremento de lucro às custas da saúde, ou exclusivamente uma ferramenta de marketing, ou viável apenas em situações de igual efetividade. Farmacoeconomia é uma ferramenta de apoio à decisão em saúde que busca um balanço ético e justo entre custos e conseqüências.
A Farmacoeconomia pode ser definida como a descrição, a análise e a comparação dos custos e das conseqüências das terapias medicamentosas para os pacientes, os sistemas de saúde e a sociedade, com o objetivo de identificar produtos e serviços farmacêuticos cujas características possam conciliar as necessidades terapêuticas com as possibilidades de custeio.
Custos
O primeiro elemento de estudo da farmacoeconomia é o custo. Freqüentemente, leigos comparam preços de produtos e imaginam entender que o custo é o valor financeiro de cada unidade. Pessoas mais experientes sabem que o custo de um tratamento completo engloba os medicamentos e materiais empregados
O preço de um medicamento não é o mesmo que o custo da terapia medicamentosa. Diferente de preço, que é facilmente obtido, custo é mais difícil de medir. Para a farmacoeconomia, o custo é um dado complexo, que engloba elementos mensuráveis tanto qualitativa quanto quantitativamente, e aos quais podem ser atribuídos valores financeiros, podendo ser dividido como se segue:
Custos diretos, sendo aqueles pagamentos que implicam em uma retirada financeira real e imediata, como o uso de materiais e medicamentos, salários (horas trabalhadas), exames realizados, despesas administrativas e outros eventos.
Um custo direto envolve uma transferência de dinheiro. Se dinheiro é trocado para o uso de um recurso, este é um custo direto.
Custos indiretos, representados por ganhos não realizados, fatos sempre presentes na maioria das situações de doença e que envolvem o próprio paciente e seus acompanhantes (perda temporária ou definitiva da capacidade de trabalho).
Um custo indireto é compromisso de um recurso não pago. Dinheiro não é trocado. Perda de tempo no trabalho é um custo indireto porque saída é perda devido à ausência.
O conceito de custo lida com recursos que são usados ou consumidos na produção de um serviço/produto.
Métodos em farmacoeconomia
Análise Custo-Minimização ou Análise de Minimização de Custos
Quando duas ou mais intervenções são avaliadas e demonstradas ou assumidas como sendo equivalentes em termos de conseqüências obtidas, os custos associados com cada intervenção podem ser avaliados e comparados. Esta análise de custo típica chama-se análise custo-minimização. Um exemplo deste tipo de investigação com relação a terapias medicamentosas pode ser a avaliação de duas drogas genericamente equivalentes em que às conseqüências provaram serem iguais, apesar dos custos de aquisição e administração poderem ser diferentes.
A análise de minimização de custos é uma forma de comparar duas ou mais opções de tratamento em relação a seus custos, com o objetivo de identificar a mais barata.
Análise Custo-Benefício
O custo benefício avalia a alternativa para uma mesma doença que maximiza a diferença entre benefícios (dias de hospitalização evitados, dias de trabalho que deixaram de ser perdidos, entre outros) e custos (em termos monetários). Todos os custos (investimentos) e benefícios (conseqüências) das alternativas são mensurados em termos monetários.
Nas análises de custo-benefício, o que se procura é identificar a opção de tratamento que permite reduzir custos ou aumentar lucros, especificamente olhando a resposta financeira obtida por cada opção.
Essa análise pode ser aplicada quando houver questões éticas na escolha da conduta de um tratamento.
Análise Custo-Efetividade
Essa análise farmacoeconômica consiste em uma avaliação comparativa entre os custos de um tratamento e os resultados clínicos, humanísticos e quantitativos obtidos com a utilização destas diferentes opções de tratamentos. Vale ressaltar que neste caso as despesas e custos com a saúde devem ser vistas como investimentos em resultados clínicos.
É uma técnica destinada a assistir o tomador de decisão em identificar uma escolha preferencial em meio a várias alternativas. Genericamente, custoefetividade é definido como uma série de procedimentos analíticos e matemáticos que auxiliam na seleção de um curso de ação dentre várias alternativas acessíveis.
Análise Custo-Utilidade
Análise custo-utilidade é uma ferramenta econômica em que a conseqüência da intervenção é medida em termos de quantidade e qualidade de vida. É bem parecido com a análise custo-efetividade, com a adição de uma dimensão particular de ponto de vista, mais frequentemente a do paciente. Muito frequentemente os resultados das análises custoutilidade são expressos no custo de intervenção por qualidade de vida ajustada para anos ganhos ou alterações na medida da qualidade de vida para um custo de intervenção dado
Nas análises de custo utilidade, a opção terapêutica é avaliada em termos do aumento ou redução dos indicadores de qualidade de vida dos usuários.
Custo da doença
Um termômetro da necessidade de ações farmacoeconômicas é o custo da doença. A análise do custo da doença consiste em aferir os custos econômicos, trabalhistas e humanos associa
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